Irmãs Salvatorianas

A Minha Vocação Salvatoriana

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A providência me criou
Padre Jordan

Nasci em Silandro (Bolzano-Itália) aos 21.01.49, como a primogênita de sete filhos. Éramos pequenos agricultores e papai precisava ganhar, como pedreiro, o sustento da família nos primeiros anos após a guerra. Nossa família tem uma fé simples, mas forte. O nosso avô nos ensinava a rezar e a ter confiança na Divina Providência.

Morávamos na montanha e para ir à missa devíamos caminhar a pé uma hora e meia. Recordo-me muito bem das santas missas e de tantas vocações sacerdotais e missionárias de nossa vila, cada ano.

Fiquei muito impressionada com a ordenação sacerdotal de um jovem amigo da família. A sua resposta: “Eis-me aqui” me tocou muito profundamente e sentia que eu também era chamada a ser missionária. O chamado permaneceu em meu coração, como uma luz. Li muito a Sagrada Escritura e escutava com atenção e interesse a Palavra de Deus proclamada e explicada pelos sacerdotes.

Rezei sempre mais intensamente.

A Passagem do Êxodo 3, sempre me tocou muito: “Ouvi o clamor do meu povo no Egito e desci para libertá-lo”. Deus que vê e sente as alegrias e as dores de cada pessoa e não olha apenas do alto, mas se faz carne: Jesus se encarnou e se tornou um de nós. O nosso Deus é um Deus que vive ao nosso lado e nos acompanha na alegria e na dor e nos quer felizes. Eu via muito sofrimento e infelicidade das crianças e das famílias ao nosso redor e no mundo. Eu me sentia sempre mais chamada por Deus a colocar-me à disposição para testemunhar e fazer com que as pessoas encontrem a libertação, a verdadeira alegria e felicidade.

Conheci uma Postulante das Irmãs Salvatorianas, em Merano.

Depois, passando um tempo de experiência naquela comunidade e conhecendo melhor o carisma, sentia que este correspondia à minha vocação e era aquilo que eu estava procurando.

Assim, entrei na Congregação das Irmãs do Divino Salvador. Hoje são 46 anos que fiz esta escolha e digo OBRIGADA ao Senhor por esta graça.

Jesus é verdadeiramente o meu Salvador e do mundo inteiro. Ele não nos quer escravos, mas livres. Cada dia ao despertar revivo este “Eis-me aqui” e ofereço ao Senhor as minhas mãos, os meus pés, o meu coração, todo o meu ser a fim de que ELE possa viver em mim e por meio de mim no lugar onde fui enviada pela minha Congregação.

Agora são 12 anos que me encontro na missão na Sicília onde a Congregação nos enviou.

Agradeço a minha pequena comunidade SDS para que juntas, possamos semear o AMOR, a acolhida, o perdão, a união, a inclusão, a vida em plenitude, a escuta, e assim vivemos com o povo, as famílias, os jovens, os imigrantes, os excluídos, os marginalizados. Ouvimos o grito do povo… e queremos descer e aprender a amar e partilhar sempre mais… sinto uma profunda necessidade de conversão de meu coração e de viver como uma verdadeira Salvatoriana. Sou muito grata pela minha vida e pela experiência do imenso amor de Jesus, Ele que tem sempre me guiado e sustentado em todas as minhas fraquezas. Fiz muitas vezes a experiência que Jesus é o verdadeiro Salvador. Assim espero, que com a minha presença na Sicília eu possa dar aos outros aquele amor que recebi gratuitamente. Quero ser um canal do amor e da misericórdia de nosso Jesus Salvador ao povo siciliano. Somente ELE é o verdadeiro Salvador e nos quer todos felizes. Por isto, hoje, ELE necessita de nossas mãos, dos nossos pés, de nossa boca, de nosso coração… “Eis que eu venho…”

Irmã Elisabeth Kaserer, SDS

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